segunda-feira, 25 de abril de 2011

VISITA À FAZENDA TEJUPEBA E A TOMAR DO GERU

O presente relatório é parte integrante da disciplina Temas de Sergipe I, e tem como objetivo abordar as atividades desenvolvidas na visita realizada no dia 16/04/2011 à Fazenda colégio Tejupeba, localizada a cerca de 40 km de Aracaju, no município de Itaporanga d’Ajuda. A chegada a fazenda atualmente denominada de Iolanda, ocorreu as 9:00hs, onde  foi feito o reconhecimento e a observação das características bem como do estado de conservação da igreja e do colégio, com a realização de uma dinâmica em grupo, e em seguida deu início ao seminário.
 De acordo com o que foi apresentado no seminário, o colégio e a fazenda são edificações do início do século XVII, que testemunham a presença atuante dos seguidores de Santo Inácio de Loyola, nas terras de Sergipe Del Rey, tem como primeiro proprietário os jesuítas, que eram proprietários de muitas terras nesta região, onde vão construir a igreja e o colégio e iniciar o trabalho de catequese com os índios, além de desenvolver na fazenda a criação de gado, já que as terras eram propícias.
Por volta de 1759, os jesuítas são presos e enviados à Bahia para serem expulsos do Brasil com os demais membros da ordem, após esse período Domingos Dias Coelho, então “familiar” do Santo Ofício, e futuro barão de Itaporanga arremata a fazenda colégio expropriada dos Jesuítas pelo rei de Portugal Dom José I, e posteriormente com o nascimento de seu filho Antônio Dias Coelho e Melo, futuro Barão da Estância passa aos domínios das terras, com a morte do pai Domingos Dias Coelho e posteriormente seu filho e Antônio Dias coelho em 1904, a fazenda passa a ter um novo dono, entre 1920 e 1929 Nicola Vibonatti Mandarino compra a fazenda colégio, aos herdeiros de Antônio Dias Coelho e Mello, o Barão de Estância. A aquisição da fazenda colégio Tejupeba na época era bastante disputada, pois além de possuir terras excelentes para a criação de gado, e está localizada próximo ao rio vaza-barris, também possuía um dos “estaleiros” da Companhia de Jesus no Brasil, usado para a construção de barcos.
Nicola muda o nome da fazenda para Iolanda em homenagem a uma de suas filhas e reforma o velho casarão construindo dois banheiros e uma nova cozinha, e também constrói uma nova casa na fazenda. Em 1959 Nicola Mandarino muda-se para o Rio de Janeiro e deixa a fazenda colégio, aos cuidados do filho Umberto Mandarino, a partir de então perde parte de sua área que dá lugar aos povoados Nova Descoberta, Várzea Grande e Oiteiro. Como é possível observar a fazenda Tejupeba desde sua origem passou por três gerações de proprietários diferentes até os dias de hoje com a família Mandarino. De acordo com informações de dona Ruth Mandarino, que esteve na igreja durante a nossa visita, foi realizado a troca de todo o telhado da igreja da fazenda colégio, que havia desabado com as chuvas de inverno.
A despeito das observações visuais, podemos notar uma grande depredação da igreja, bem como do colégio, com pedaços de madeiras no interior da igreja, ausência de bancos, paredes quebradas, assoalhos com cupim, ausência de altar e de imagens, no colégio ocorre do mesmo modo. Quanto às características arquitetônicas tanto da igreja quanto do colégio, apresentam-se da mesma forma com uma grande quantidade de portas e janelas, que foi planejada desse modo, com o objetivo de facilitar o fácil acesso e obter uma boa claridade. A igreja apresenta características barrocas em suas portas, as cores predominantes tanto no colégio quanto na igreja são: o verde para as portas, e a branco para as paredes.
Por fim, em 1943 a igreja e o colégio foram tombados pelo Serviço do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (IPHAN), e em 1953 foi realizado um restauro na mesma, de lá para cá nada foi feito,  atualmente necessita urgente de uma reforma sob pena de ser destruída totalmente.
A visita à igreja Nossa S. da Conceição, teve seu início às 15:15 hs, onde foi possível observar algumas particularidades, pois diferentemente da fazenda Tejupeba, as terras onde se encontra hoje a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Tomar do Geru, pertenciam à ordem das Carmelitas e foram vendidas para os jesuítas que ergueram a igreja em 1688, dando início a missão do Geru, pelo padre Luiz Mamiani Della Rovere.
A igreja de Geru é uma das mais belas de todas as igrejas missionárias do século XVII, apresenta em sua arquitetura muitas características dos jesuítas, com altar apresentando detalhes de flores em ouro e figuras barrocas marcantes, suas paredes são largas para tão pouco compartimentos acessíveis, outra característica  marcante dos jesuítas  observada, é o resplendor que está fixado no centro do telhado da igreja, um anagrama que está escrito J.H.S (Jesus Hominum Salvatori). A beleza e arte tinham o objetivo de atrair os índios a aceitar a catequese, era uma forma de demonstrar que o Deus dos jesuítas era muito poderoso.
Em 1692, começa de fato a missão residente, onde das 1700 pessoas na região, 400 eram índios, ao passo que os jesuítas introduziam  a cultura ocidental, por conseguinte,  originava a perca das características dos nativos. Com a expulsão dos jesuítas, a igreja continuou o seu funcionamento até os dias de hoje. No que diz respeito à estrutura física, apresenta um excelente estado de conservação, isso se deve ao fato de nunca ter perdido sua função, porém já passou por pequenas reformas, como por exemplo, a realizada nos bancos, que não são os mesmos desde sua origem. Por fim, o seminário se encerrou por volta das 17:00hs, com o retorno à capital.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

MUSEU ARQUEOLÓGICO DE XINGÓ

O presente relatório tem como objetivo, relatar o conteúdo proposto, na aula do dia 04 /04/2011, onde foi exibido em sala de aula, um vídeo sobre o MAX (Museu Arqueológico de Xingó), que fica localizado em Canindé do São Francisco, a 213 km de Aracaju. O max começa a ser construído em 1988 e é inaugurado em 2000, é um museu moderno e as exposições de cada setor, são representadas de forma didática por bonecos, pois recebe alunos desde das primeiras séries até o ensino superior, vindos de todas as regiões. Ele se encontra  dividido por seis setores, são eles: o setor que trata do trabalho de escavação; o setor do paleolítico; setor da cerâmica, setor da alimentação, setor da morte, e por fim o setor de exposições especiais.
No primeiro setor, foi possível perceber como era realizado o trabalho de escavação, com a exposição de várias camadas da terra, onde quanto mais funda for à camada, mais antigos serão os artefatos, além disso, nesse setor foram visualizados também, as ferramentas e os pincéis usados na atividade de escavação.
No que se refere ao segundo setor, chamado de paleolítico, o museu traz um mapa ilustrativo didático, mostrando as possíveis rotas da migração desses povos vindos das Américas, onde sua ocupação se deu de forma lenta, além de ser possível também visualizar os principais sítios arqueológicos com grande quantidade de material, dando destaque para o sítio Justino localizado em Xingó.
Há dois tipos de sítio, o que pode ser encontrado artefatos como: ossos, fogueira, esqueleto completo, cerâmica etc, e o sítio de pinturas rupestres ou registros gráficos, mostrando formas ou fragmentos de grafias, utilizado como forma de linguagem e de comunicação com outras culturas interagindo, com o mundo em sua volta. Pensando nisso, o museu reservou ainda um espaço chamado salão de artistas plásticos de Sergipe, onde foi confeccionada uma parede de blocos com gravuras de diferentes formas, fazendo uma comparação com as formas de gravuras rupestres, resultando em uma interação do pré-histórico e o atual.
O setor seguinte é o da cerâmica, onde contém uma grande quantidade de vasos, e com formas variadas, datados de 5000 a.p, essa cerâmica era usada para fazer panelas utilizadas no preparo de carnes, aves, mingaus, pirões, etc., além disso, serviam também para fazer jarros, tigelas e potes para armazenar água, aguardente. Algumas dessas cerâmicas apresentavam-se desenvolvida com decoração externa, utilizando a cor vermelha em traços lineares, que eram confeccionadas pela mulher entre os xocós.
O próximo setor trata da alimentação dos índios, mostrando didaticamente os alimentos, estruturando seus modos de vida baseados, sobretudo na caça na coleta e na pesca, já que eram caçadores e coletores, fazia parte também de seu sustento, a depender do período, comer cobras, vegetais, caracóis, aves, mingaus, e em alguns momentos na agricultura incipiente, onde torravam farinha para produzir os beijus.
No setor da morte, é possível observar, um farto material lítico tanto lascado quanto polido em muitos dos enterramentos, como por exemplo, um esqueleto completo de uma criança na posição em que foi enterrado, adorno, colares, prendedor de cabelo, vasilha de barro, esqueleto com uma flauta ao lado, mostrando diferenciação social. Além disso, nota-se o uso de vasos utilizados em ritos realizados nos enterramentos, como a prática funerária do uso de ascender a fogueira.
E por fim, o setor de exposições especiais, onde é realizada exposições temporárias ou provisórias, onde foi possível observar, uma exposição da região de Piranhas, retratando como era naquele período.

VISITA AO ARQUIVO DO JUDICIÁRIO

            No dia 28 de março de 2011 às 08:00 hs, nós alunos do curso de história da Universidade Federal de Sergipe, fizemos uma visita ao arquivo do judiciário, essa visita é parte das atividades proposta pelo nosso professor, Antônio Lindivaldo que ministra a disciplina História de Sergipe I, e também se fez presente com um número total de 38 alunos, cujo o objetivo, foi buscar o primeiro contato com as fontes judiciais, que poderão nos servir de objeto de estudo, durante e posteriormente o curso.
            Inicialmente fomos recebidos no auditório, onde assistimos no auditório  um vídeo falando sobre a instituição, em seguida a professora Eugênia Andrade parabenizou o professor pela iniciativa da visita, e fez uma apresentação das funções do arquivo, bem como um breve histórico do marco inicial do arquivo que se deu em 1984, sendo que posteriormente em 1991, sua estrutura foi criada pela lei nº 3098, de 09 de dezembro de 1991, ratificando as finalidades de recolher, selecionar, classificar, preservar e gerenciar o patrimônio documental do poder judiciário de Sergipe.
            A atual sede foi inaugurada em 2005, oferecendo conforto e modernidade, está aberta ao público para as pesquisas, no horário das 07:00 às 13:00 hs. Ela informou ainda, que a média de visitas, é de 40 (quarenta) pessoas que pesquisam diariamente processos sobre assuntos do cotidiano, sendo que a maioria dos pesquisadores, é do curso de direito.
            A respeito dos processos que estão disponíveis, 80% dos arquivos são processos cíveis, criminais e eleitorais, havendo, contudo há arquivos que não pode ser pesquisados, pois, são aqueles que estão em segredo de justiça. Além disso, o arquivo é composto de três divisões: divisão de arquivo; divisão de recuperação; divisão de digitalização.
            Em seguida, fomos conhecer a sala de pesquisas, e em seguida a sala de classificação, onde é feita a identificação e seleção dos documentos para serem levados ao arquivo, depois andamos pelo acervo, que contém 90 mil caixas de processos, passando pela sala de digitalização de documentos, bem como de jornais, foi possível ver como é feita a digitalização, e por último passando pelo laboratório, o único do Estado nessa função, onde foram explicadas as etapas do procedimento de conservação e restauro como higienização, congelamento, etc. Lá também foi possível ver o primeiro documento, restaurado no ano de 2005.
            Convém acrescentar ainda, que já é possível encontrar alguns documentos da história do Brasil e de Sergipe, digitalizados no site do arquivo, como: o documento mais antigo do arquivo do ano de 1655; 1º Regimento do tribunal de justiça de Sergipe; processo lampião; pronúncia lampião; Mapa de Sergipe; Inquérito policial – Tumulto morte de Getúlio Vargas etc, além de todo o catálogo contendo a referência dos processos.

VISITA AO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SERGIPE

Esse presente texto tem como objetivo, relatar a visita ao IHGS (Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe), realizada no dia 02/04/2011, onde fomos recebidos pelo presidente do instituo, Samuel Albuquerque, onde a explicação foi dividida em cinco partes. A primeira parte, refere-se à sala dos presidentes; onde o presidente faz uma explanação a despeito do breve histórico, fundação, e função do instituto durante esse período; a segunda corresponde a sala de leitura e pesquisa, denominada de salão de leitura, Epifânio Dória; a terceira sala refere-se a pinacoteca; na quarta sala, temos o museu e a última parte apresentada foi auditório.
A criação da instituição ocorre em agosto de 1912, em outra sede, porém, o atual prédio começa a ser construído 1937, com sua conclusão em 1939, pelo engenheiro alemão Aldebrechet, e somente foi tombado em 2007. Esta é uma instituição civil, sem fins lucrativos, é uma entidade privada, desde sua criação, com o objetivo de reunir um acervo significativo, representativo da memória dos sergipanos. No prédio desde sua construção, não foi feita nenhuma reforma significativa, apenas recentemente foi incorporada à estrutura, uma rampa para deficiente físico atendendo a legislação brasileira, pensa-se em fazer outra intervenção como, a instalação de um elevador.
No que diz respeito, a sala dos presidentes, lá estão representados todos os ex-presidentes desde o primeiro, João da Silva Melo em 1912, até o penúltimo o prof. Ibarê Dantas, que esteve a frente do instituto de 2004 até 2009. Os presidentes sempre foram intelectuais de destaque na sociedade, na política, na cultura, na jurisdição. O grande artífice criador foi Florentino Teles de Meneses, um médico intelectual da primeira metade do século 20, deu importante contribuição no campo da sociologia em Sergipe, o nosso instituto é o mais tardio, criado só na república.
Alguns dos primeiros presidentes, pertenciam ao poder público e judiciário, más, a partir da década de 70, a presidência do instituto sempre foi de intelectual da educação, como José Calazans que é Aracajuano, más fez carreira acadêmica na Universidade Federal da Bahia, foi presidente do instituto na década de 70, antes de migrar para a Bahia, foi professor da escola normal. Além desse, temos também, o profº. Ibarê Dantas, vinculado ao departamento de ciências sociais, e Maria Thétis Nunes que durante décadas, foi professora do departamento de história da UFS (Universidade Federal de Sergipe), faleceu em outubro de 2009, sendo a presidente do instituto que mais tempo ficou na presidência, por mais de três décadas.
O salão de leitura ou salão Epifânio Dória, refere-se a segunda parte da visita, é o espaço mais concorrido do instituto, aqui ficam as mesas para leitura e pesquisa, em outra mesa temos instrumentos de pesquisa como catálagos e inventários, onde já pode ser consultado nos computadores.  Ainda neste salão, é possível ver parte do acervo riquíssimo da pinacoteca, são telas que retratam sobretudo políticos e intelectuais sergipanos, figuras que rivalizaram, temos ainda, uma reserva técnica no segundo andar, de 150 telas.
Epifânio da Fonseca Dória foi funcionário público, e também um divisor de água na estória intelectual sergipana, foi também presidente do instituto entre 1935 e 1939 por um período curtíssimo de tempo, ele deixa a presidência, más se torna a figura mais atuante nesta casa, esteve vinculado à organização, e ampliação de importantes acervos no estado, como o acervo do IHGS, acervo do arquivo público, acervo da biblioteca Pública Epifânio Dória.
Na sala de leitura pode ser vislumbrado outro espaço, como a sala da presidência, é uma sala pequena e o que mais chama atenção é uma tela que representa um político alagoano, do séc., XIX, Manuel Joaquim Fernandes de Barros, Doutor, mas que casou com uma sergipana e fez carreira política sergipana.

Quanto a sala da pinacoteca, o acervo é riquíssimo, eu diria que Sergipe depois do Rio de janeiro,  é quem mais preservou obras da escola de belas artes do Rio de janeiro, da década de 1930, Epifânio Dória,começa a compor o acervo, a partir de doações de políticos e intelectuais, más, essas obras com valor nacional e internacional, que remetem aos artistas plásticos da escola de belas artes do Rio de Janeiro, da primeira metade do séc. XIX, foram doadas por um artista plástico carioca, chamado Galdino Bicho, que viveu parte de sua infância em Sergipe na década de 50, o pai dele era um tecelão que foi contratado pela Sergipe industrial, parte da infância foi em nosso Estado, andou e viveu em aqui, e guardava na sua memória um carinho muito grande por Sergipe e quando ele morre, sua família doa seu acervo para o IHGS.
Nessa sala ocorre exposição temporária que foi montada no final do ano passado, chamada primavera em tela que reúne artistas, aqui também ocorre reuniões acaloradas com o presidente, o diretor e vice-presidente, dois secretários, orador.  O nome da pinacoteca é Jordão de Oliveira, artista plástico aracajuano que se destacou no Rio de Janeiro na primeira metade do século XX, da escola de belas artes.
O museu  do IHGS, é o primeiro museu sergipano, que surge com pequeníssimas dimensões, e na sua origem é classificado como um gabinete de novidades, pois tem os mais variados objetos representativos da memória da história de Sergipe, porém não apresenta uma linearidade no discurso, é um cervo que representa episódio e temas dos mais variados da história de Sergipe, sobre economia, cultura, carnaval, políticas, conflito militares, é uma exposição permanente e foi pensada pela Profª Verônica Nunes, chamada fragmentos da história de Sergipe.
A despeito da hemeroteca, a maior parte dos arquivos da hemeroteca, já se encontra digitalizado, principalmente o acervo de jornais do século XIX, e sobretudo, uma grande parte da memória da imprensa sergipana do séc. XX, com mais de  1000 volumes, com o apoio da Petrobrás e do governo do Estado e da própria Universidade Federal de Sergipe.
Em seguida temos o nosso arquivo, que tem um acervo riquíssimo, onde quase todo já foi organizado.  Na gestão de Ibarê Dantas, foi organizado 40 caixas, hoje esse número cresceu e possui 500 caixas, o acervo é constituído também de doações das famílias dos intelectuais sergipanos, após a morte dos mesmos, atendendo a seus pedidos. O instituto sofre hoje um grande problema seriíssimo, que é a falta de espaço físico para a preservação dos arquivos, para tanto é preciso criar alternativas, pois diariamente esse acervo é ampliado ao passo que recebe novas doações como, telas, periódicos, jornais, revistas etc.
A seção sergipana, faz parte da biblioteca e do arquivo, boa parte dos pesquisadores solicitam obras desta seção do arquivo, o que está disponível são obras de sergipanos, ou de não sergipanos que tratam da história, da cultura da geografia, da economia de Sergipe, e documentos importantes como cartas de sesmaria, a maior parte do acervo é do séc. XX, com raros documentos que remetem ao período colonial.

Muito recentemente, o instituto recebeu o acervo particular, constituído de arquivo e biblioteca do médico Lauro Porto, importante da história de Sergipe, doado por sua família. Apesar de médico era humanista, a maior parte de seu acervo era de medicina, más também tinham obras específicas sobre Sergipe, como por exemplo, a coleção completa da revista do instituto, desde sua criação em 1913.
Está para receber também o acervo particular da Profª Maria Thétis Nunes, o presidente disse ainda, que tem tomado medidas que tem desagradado a diretoria, quando resolveu selecionar os arquivos a serem recebidos, já que de acordo com a legislação, o instituto não precisa preservar por exemplo, a coleção de revistas da academia de letras de Goiás. Recentemente o arquivo, após reunião fez a doação do acervo de medicina para a Somese (Sociedade médica de Sergipe), para que a mesma faça a salva guarda desse acervo. Além disso, é possível encontrar também o acervo particular de: Armindo Guaraná; José Calazans; Manuel Passos de Oliveira Teles; Fernando porto e Maria Thétis Nunes. No que se refere à biblioteca, ela possui mais de 50 mil volumes, incluindo entre livros e periódicos.

A quinta e última parte, refere-se ao auditório, que é um espaço muito representativo, pois a primeira visita e discurso do sindicalista Lula em Aracaju se deu nesse auditório, bem como o primeiro discurso do governador Marcelo Déda. Além disso, foi lá também que foi velado os restos mortais de Arthur Bispo, e ainda hoje é palco da realização de vários eventos políticos, assembléias etc., isso se deve ao fato de estar bem localizado no centro da nossa capital, de ser o maior auditório do nosso Estado com mais de 400 lugares. As pessoas que passaram pela diretoria do instituto foram intelectuais que tem história na instituição, que de algum modo se beneficiaram dele, seja através de pesquisa, e agora dão sua contribuição.
Não se pode ter muitos sócios, pois o limite de sócio permitido pela legislação é de 120, o instituto tem aproximadamente 20 sócios efetivos, hoje os sócios políticos não estão tão presentes quanto antes, com uma presença maior dos intelectuais da academia sergipana de letras, da Universidade Federal de Sergipe, e a velha guarda. Para ser sócio do instituto tem que ser graduado, residir em Sergipe e ter uma produção acadêmica reconhecida e considerável. Os sócios contribui com cem reais anualmente.
Para se manter, o instituto tem parcerias com o governo do estado, que contribui com 40 mil reais anualmente, com a Universidade Federal de Sergipe, e com a prefeitura municipal, que sede 2 (dois) estagiários que servem ao instituto pagos pela mesma, além disso recebe algumas doações voluntarias. A UFS, têm um convênio com o instituto, onde publica a revista do instituto, a mais antiga em circulação com seu primeiro número em 1913.
Por fim, o presidente Samuel apresenta o site do IHGS, onde será possível buscar mais informações como histórico da instituição, e arquivos disponíveis no instituto.