domingo, 4 de setembro de 2011

SÃO CRISTOVÃO NÚCLEO DE POVOAMENTO DO COLONIZADOR

 “São Cristovão núcleo de povoamento do colonizador,” apartir da visão da historiografia clássica, com Sérgio Buarque de Holanda contrapondo a visão de Raminelli, essa última tratando a importância do núcleo de povoamento. De acordo com Raminelli, os historiadores clássicos pensaram o espaço urbano colonial das vilas, apenas no aspecto econômico, onde apresentava uma situação de dependência em relação ao campo, porém para ele, as vilas tinham outras funções além do econômico, como a contribuição ao avanço das fronteiras da cristandade; função política; neutralizar os desmandos perpetrados pelos senhores de engenhos e ricos plantadores. A vila representava os limites dos poderes locais, pois as cidades eram porta-vozes do monarca.
Após a conquista de Sergipe em 1590, Cristovão de Barros fundou o núcleo de povoamento na barra do rio Sergipe (atual Contiguiba), em 1596 foi transferida para a colina próximo ao rio poxim, e em 1610 houve uma nova mudança para às margens do rio paramopama. A cidade de São Cristovão foi tombada pelo patrimônio histórico nacional em 1939.
Os motivos que levaram a conquista foram o comércio dos índios com os franceses; a pressão exercida pelos criadores de gado e senhores de engenho; as ótimas pastagens existentes em Sergipe, favorecendo a criação de gado e posteriormente a plantação de cana; interligar a Bahia e a Pernambuco favorecendo a comunicação, e por fim a suspeita de invasão dos franceses juntamente com os índios à Bahia.
 Por fim, foi abordada a implantação das ordens religiosas presentes na vila de São Cristovão, primeiramente os jesuítas em 1597, depois a instalação das carmelitas em 1618, e os franciscanos em 1657. As ordens religiosas tinham grande poderio, havendo também muitos desentendimentos entre elas, que só vão desaparecer no período pombalino.